sábado, 21 de fevereiro de 2009

O HOMEM QUE CALCULAVA

A exóticas histórias de califas, sheiks e beduínos contadas por Malba Tahan, continuam encantando gerações e gerações. Malba Tahan, ou melhor, Ali Iezedi Izz-Edmi Ibn Salim Hank Malba Tahan, durante as suas peregrinações, dedicava-se a escrever suas memórias, perdendo a vida lutando pela liberdade de uma pequena aldeia na África.
Seus admiradores ficaram surpresos quando descobriram que o personagem- escritor Malba Taran era, na verdade, o professor carioca Júlio César de Mello e Souza, nascido no Rio de Janeiro .
Sobre o homem que calculava , premiado pela Academia Brasileira de Letras, e que conta com dezenas de edições e com traduções para vários idiomas escreveu Monteiro Lobato:"O homem que calculava já me encantou duas vezes e ocupa lugar de honra entre os livros que conservo.Só Malba Tahan faria uma obra assim , encarnação que ele é da sabedoria oriental; Obra que ficará a salvo das vassouradas do tempo como a melhor expressão do binômio ciencia - imaginação ".

Nessa época, Mello e souza, um dos mais ilustres professores de matemática do país ,desenvolvia as suas aulas através de jogos, problemas curiosos, desafios e contos, tendo publicado vários e saborosos livros de matemática.
A lado da notícia do seu falecimento em 1974, na cidade de Recife , devido a um ataque cardíaco quando se preparava para uma palestra,os jornais publicaram também uma nota redigida por ele mesmo , anos antes: "Malba Tahan morreu e pede a todos perdão pelas faltas, erros, ingratidões e injustiças. Pede também, que rezem por ele".